Paróquia São João Paulo II - Gameleira - Goiás


COMUNIDADE SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - Região do córrego Madeira.
Segundo os relatos dos moradores da região, a Comunidade Sagrado Coração na região do córrego Madeira, teve sua origem com a oração do Rosário de Nossa Senhora primeiramente nas casas, em meados do século XX.
Neste período residiam poucas pessoas na região, e estas, eram basicamente da mesma família, ou alguma outra. Era comum a devoção nos Santos mais conhecidos e populares, como Santa Bárbara, Santa Luzia, São Sebastião. Em ocasiões específicas em que se celebrava algum destes santos, era comum vir pessoas de outras regiões mais distantes para se somarem nas orações e preces.
Ainda neste tempo; não havia celebrações de Missas nas casas. Apenas na capela Santo Antônio no povoado de Mocambinho. Nos dias de domingo e Festa de Santo Antônio as pessoas da Comunidade se dirigiam para participar e celebrar os demais sacramentos, batizados, casamentos, crisma, exéquias...
O senhor Sebastião Cordeiro de França, apelidado de Tiãozinho, foi o primeiro catequista a transmitir às verdades da fé para as crianças que ali residiam.
Somente nos anos de 1990 é que os padres Salesianos residentes na cidade de Silvânia começaram a celebrar nas casas da Comunidade. Padres deste período: João Berthold, Pedro Celestino, Antônio Maria e outros que ficaram menos tempo.
Neste tempo já havia a capela na Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na região do Bom Jardim. Uma vez por mês os padres de Silvânia vinham para celebrar e reunir com o povo. Por conta das celebrações, as pessoas da Comunidade do Madeira também iam para participar. Na Comunidade do Madeira ainda não havia a capela neste tempo, mas, o desejo de construir uma estava prestes a se tornar realidade. Destaque para o senhor Inácio de Sousa Guimarães para a motivação da Comunidade para a construção do prédio da Capela.
No ano de 2004 houve a criação de um Conselho de Pastoral da Comunidade, representado pelo Missionário Salesiano Joílson. Foi neste ano que um dos moradores da região, o senhor Eldo Marconi doou um pequeno terreno para que a capela fosse construída. A metragem construída neste tempo, atualmente corresponde a sacristia e a capela do Santíssimo anexados ao corpo da capela de hoje.
Este Conselho também respondia neste tempo pela Comunidade no Bom Jardim. O que, ao passar de alguns anos não rendeu bons frutos. Com a anuência do Padre João Norberto, o pároco neste período, decidiram unificar as duas comunidades, ficando então, apenas a Comunidade na região do Madeira. (Neste tempo a capela na Comunidade Bom Jardim tinha sido derrubada por uma forte chuva de vento. Telhado e paredes foram quase totalmente destruídos, ficando o prédio impossibilitado de acomodar as pessoas para algum encontro ou oração). Por conta disto, as imagens de santos e outros objetos foram transferidos para a capela da Comunidade do Madeira.
Surgiu a ideia de ampliar a capela na Comunidade do Madeira para comportar melhor as pessoas das duas comunidades. Houve alguns eventos para angariar fundos. Cogitaram de vender o terreno onde ficava a capela do Bom Jardim. Mas, depois de algum tempo as pessoas da Comunidade do Bom Jardim acharam por bem erigir novamente sua Comunidade e se desvincular da Comunidade do Madeira. Inicialmente esta mudança de decisão causou alguns atritos entre algumas pessoas. Alguns alegaram que os objetos da Comunidade no Bom Jardim foram "levadas" sem o consentimento. A discussão não se revolveu numa única conversa, e como se arrastava por alguns outros encontros, o padre até cogitou de "fechar" a capela na Comunidade do Madeira. Somou ele ainda sobre isto que era desnecessário haver celebrações em ambas comunidades, bastava uma.
Por algum tempo neste contexto, as celebrações se intercalavam, mês em uma, mês em outra.
No ano de 2007, precisamente no dia 14 de outubro, houve o desmembramento definitivo do Conselho Pastoral das duas Comunidades, e a escolha do padroeiro desta Comunidade. Em Assembleia decidiram acolher a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Fazendo memória e homenagem a um dos moradores da região, senhor Antônio de Souza Menezes. Neste mesmo ano começaram também a ampliação desta capela.
Até o ano de 2009 a Capela não tinha regulamentado a energia elétrica. Esta vinha da fazenda do senhor Márcio Morais. A Companhia de energia, tomando pé da situação, ameaçou desligar a energia da propriedade desta fazenda, caso a situação não fosse regularizada. Para a solução deste problema, a Comunidade teve de se dispor de parte do terreno onde fica a capela em negociação com o proprietário da energia. Fora feito uma doação nos fundos da capela. Hoje há um grande barracão onde se guarda implementos agrícolas neste local.
Ainda neste ano, a Comunidade fez sua primeira festa Junina.
No ano de 2010 a imagem de Nossa Senhora Auxiliadora visitou a Comunidade, por conta de uma festividade em toda Arquidiocese de Goiânia. No ano seguinte, com a chegada do padre Jovandir Batista da Silva, as Missas passaram a ser mensalmente na Comunidade.
No ano de 2012 os fieis construíram o prédio onde fica a cozinha e os objetos utilizados nas confraternizações após a celebração.
Todos os anos desde a primeira festa junina acontece esta festividade. E no mês de agosto celebra-se outra festa para o Sagrado Coração. A cada ano, além de renovar a fé a esperança e os laços de fraternidade dos fieis desta Comunidade, há também as arrecadações com a finalidade de adquirir algum bem físico, ou providenciar alguma reforma.
(Texto produzido segundo os relatos dos moradores e fieis desta Comunidade, do livro de ata das reuniões e com a ajuda do Leonardo Rodrigues, membro da Comunidade).